On 8 February 2019, during Shabbaton Terumah at the Kadoorie Mekor Haim Synagogue, about 20 Rabbis from different parts of the world said Kaddish in memory of Andrew James Smiler.
Andrew was born in England, and pursued a successful career in criminal law. Tired of this life, in 2008 he moved to a remote spot in the Egyptian desert, close to Libya. His intention was to carry out research and write his first novel, Blood of Kings, which became one of the top 10 bestsellers of historical fiction on Amazon.
One day in the desert, Andrew was attacked by a venomous snake and, amazingly, was saved by a wild cat he had got into the habit of feeding. In gratitude, the writer adopted the animal and his mate, who became his companions in his desert retreat.
However, the Egyptian Revolution of 2011 created a new world for Andrew: the new powers suspected that this English writer was in fact Jewish and therefore a spy. His visa was revoked and he was given only a few days to leave the country, which he did with the aid of the British Embassy.
He then decided to move into a rural mountain abode in a small town in Portugal, which offered the climate and the inspiration that were ideal to continue immersed in his work. Andrew brought with him the Egyptian cats he had befriended in the desert, to whom he wrote poems, calling them “graceful desert fighters”.
On Sunday, 15 October 2017, his family heard the news about the terrible forest fires spreading through central Portugal. The Portuguese authorities said everything was under control. Andrew’s body was found four days later almost a kilometre away from his house. He was clutching the carriers he used for his cats, who also perished.
At the time of the Kaddish in memory of Andrew Smiler, under his Hebrew name Aharon Ben-Zion Halevi, the Rabbis remarked that he had attained great heights in his life. The great Jewish jurist, writer and thinker, who found shelter in Portugal against antisemitism, will not be forgotten. Nor will his cats.
Rabinos de todo o mundo rezam Kaddish para escritor morto em Portugal
No dia 8 de fevereiro de 2019, durante o Shabbaton Terumah na Sinagoga Kadoorie Mekor Haim, cerca de 20 rabinos de diferentes lugares do mundo rezaram o Kaddish em homenagem a Andrew James Smiler.
Andrew era natural da Inglaterra, onde construiu uma carreira de sucesso na área do Direito Penal. Em 2008, cansado da sua atuação jurídica, mudou-se para um ponto remoto no deserto do Egito, próximo à Líbia, com o objetivo de pesquisar e de escrever seu primeiro romance, Blood of Kings, que se tornou um dos 10 best-sellers no gráfico de ficção histórica da Amazon.
Certa vez, Andrew foi atacado no deserto por uma cobra venenosa e, surpreendentemente, foi salvo por um gato selvagem que alimentava. Como sinal de gratidão, o escritor adotou o animal, bem como a sua companheira, tornando-os seus amigos de retiro na imensidão daquela terra.
No entanto, a Revolução no Egito, ocorrida em 2011, trouxe um novo panorama para Andrew: as novas autoridades suspeitaram que o autor inglês fosse, na verdade, um judeu, logo um espião. Seu visto foi revogado e ele teve apenas alguns dias para deixar o país, com o auxilio da Embaixada da Inglaterra.
Assim, decidiu se mudar para uma casa rústica de montanha em uma pequena vila em Portugal, que oferecia o clima e a inspiração ideais para dar continuidade à imersão em suas obras. Andrew trouxe consigo os gatos egípcios que conhecera no deserto e para quem escrevia poemas, chamando-lhes os graciosos combatentes do deserto.
No domingo, 15 de outubro de 2017, sua família ouviu as notícias sobre os terríveis incêndios florestais que se espalhavam pelo centro de Portugal. As autoridades portuguesas diziam que estava tudo controlado. O corpo de Andrew foi encontrado quatro dias depois a quase um quilômetro da sua casa. Em suas mãos estavam as caixas de transporte dos gatos, que também não sobreviveram.
Aquando do Kaddish rezado em memória de Andrew Smiler, com nome hebraico Aharon Ben-Zion Halevi, os rabinos observaram que ele alcançou grandes alturas em sua vida. O grande jurista, escritor e pensador judeu, que o antissemitismo trouxe para Portugal, não mais será esquecido. Ele e os seus gatos.
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